Vimos de dias intensos, que para chegar a cada lugar, passamos por reflexões, barreiras, indecisões e contradições, que finalmente chegam ao mundo dos acordos. Chegam dias de conversas, umas gentis ou tensas, outras de rivalidade, mas onde se vê para ter de chegar a uma decisão. Agressão, fanatismo e vontade de mostrar força ou poder fazem parte da negociação, mas onde os envolvidos sabem que quem pratica violência ou agressão perde. Pelo mesmo motivo, são dias onde levantamos a voz, onde nos guiamos pelo que já não queremos, e decidimos pelo equilíbrio possível e não pelas infelizes polaridades. É bom ter outra oportunidade de dizer o teu, mas desta vez entendendo que os outros também têm o seu. Tudo isto, num contexto de construção conjunta de algumas vitórias que estamos a compreender como bons sinais. O medo e a dúvida, que embora sirvam para cautela diante do entusiasmo, quando desproporcionais, despertam desconfianças que arruinam qualquer tipo de acordo. Procuramos essa equidade possível, entendendo que os valores estão em transformação para reconhecer as novas fronteiras da justiça que só mostra o equilíbrio de nós que participamos de múltiplas formas de vida, e ameaça aqueles que não respeitam as regras do comum. O comum não é para todos, é o que faz bem para todos. O dinheiro gosta que todos ganhem, porque a consciência do lucro imagina uma festa toda vez que há uma transação. Mas é preciso saber mais sobre isso entendendo que a atitude de prazer e gosto por tudo e por todos faz o cenário perfeito para sentir que o dinheiro pode chegar à tua porta. Mas não vem apenas carregando dinheiro, porque o dinheiro nunca visita a casa dos medrosos ou mal-humorados. Ele só vai onde há agrado, graça e prazer em saber que a vida é generosa.

No plano material e monetário

É uma semana de pistas e fortes sinais de que encontramos uma parte do nosso caminho da abundância. A outra parte, aquela que já não se entusiasma nem liga aos triunfos nem ao dinheiro, temos consciência de que está em retirada porque pertenceu ao passado. Todos nós mudamos e crescemos em direções diferentes. Os projetos, as atividades, a produção e a articulação das atividades que dão frutos, percorrem novos caminhos que temos de aprender com novos gostos e novas formas para que o nosso dar seja valorizado e recebido. Para isso, as conversas fornecem visões e novas impressões que facilitam a compreensão do que nós não somos capazes de compreender. O lado gentil de reservar um tempo para ouvir as experiências ilumina-nos e re-orienta-nos nessa fase de conexão com a abundância.

No plano sentimental

É uma semana para dar grandes passos em relacionamentos de todos os tipos. Claro que existem relações que pesam, e são essas que somos definitivamente convidados a deixar ir, mesmo que a culpa ou o medo nos invadam. Das relações que olham para o horizonte, são aquelas que conseguem unir diferentes partes de um sonho para construir o seu próprio. Mas o amor não é o sonho ou o projeto, mas o amor carrega-se em cada visão que traz pela graça do amor. A amizade está confirmada. O sentimento floresce. A alegria está no que podemos alcançar juntos, apesar das nossas diferenças e critérios pessoais, culturais ou crenças e valores. Os sentimentos, sejam eles quais forem, existem para unir as diferenças. E ambos constroem algo ainda mais novo. Sentimentos alimentam-se de sentimentos, mesmo que não possamos compreender os seus gestos ou manifestações.

No plano experiencial

Parece que á dias que procuramos o abraço que nos confirma, mas talvez não aquele que cuida de nós. Procuramos aquela benção que só as amizades mais profundas ou os sábios de maior confiança sabem dar. E vivemos num sentimento de saber que temos razão, mas aquela conexão mágica com os sentimentos que agradam é mais prazerosa. Procuramos a nós mesmos organizar as nossas sociedades, amizades, alianças e acima de tudo, os laços de amor. Para isso, são dias em que as cordas não estão necessariamente direcionadas para o correto ou o moralmente indicado. Ao contrário, são dias em que escolhemos amarrar a corda do grupo que sentimos aquela acolhida amorosa, e tiramos a corda de quem já não nos faz bem. Não precisamos de agressão para cortar a corda, pois são cordas de água, onde apenas um copo deixa de dar água para o outro. Além disso, são dias em que somos visitados pelo mundo divino para indicar que estamos a avançar rumo ao indescritível, não pelo extraordinário, mas porque ainda não tem nome. Nem tudo é tão sagrado, porque seguir em frente tem uma mistura entre propósito e ambição, e nem sempre a ambição é conscienciosa. Às vezes é por conveniência. Cada um com sua decisão. A tua tem que ser só tua, porque quando decides por alguém, acabas na mesa errada. Nem tudo é para todos. Cada um sabe escolher o abraço que quer receber. Bons abraços.