[Português] Semana de 1 a 7 de Maio

Semana onde podemos escolher o drama pela escassez, os caprichos, sobre o que é autônomo, maduro e real. A questão hoje em dia é focar no que é importante, acima do superficial. Semana para perceberes que estás a fazer força no lugar errado, ao impor a tua teimosia e tua obsessão em troca da simplicidade ou da realidade. A confusão surge porque qualquer capricho pode ser percebido como uma dívida que te deves ou te devem, e acreditas que, ao impor as tuas ideias ou argumentos repetitivos, podes pagar-te ou convencer os outros de que tens a razão . Deves-te ou é devem-te a abundância para mostrar que podes, reconhecimento para sentir poder, aprovação para entender que és valorizado, prioridade por atividade intensa em vez do descanso só para não ter a sensação de sofrimento, porque preferes sofrer com o desgaste e não de sentimentos de raiva ou tristeza. Já faz muito tempo, o que não te destes ou o que não te pagaram, melhor perceber como o pagamento que tiveste que dar para aprender algo muito importante, que te deixa a serenidade como prenda. São dias em que finalmente entendemos que só podemos usar o controle no que é próximo e pessoal, e não nas decisões dos outros ou nas causas dos outros. Isso cria muita frustração e desespero porque temos a sensação de estarmos a ser negligenciados nas nossas necessidades. São dias em que cada um está na compreensão do que é real e do que é importante. E se não for por consciência, é por golpe ou desmoronamento. Por isso, é uma semana para nos concentrarmos no que é próprio, nos nossos domínios, no que podemos sentir que é nosso, porque os outros, sejam eles os nossos familiares, os nossos colaboradores, os nossos clientes, as nossas autoridades, os nossos amigos ou vizinhos, cada um está a fazer o mesmo processo: o que é caprichoso e o que é valioso. Nem toda a gente fará a coisa sensata por ti, porque sensatez é um valor muito pessoal. São dias para compreender que as revoltas sociais são questões transbordantes por não entender o que é importante nos caprichos. Aproximamo-nos de revoluções, porque também gostamos da reivindicação, mas não propomos nem estamos do lado de contribuições ou soluções. É sempre mais fácil que o outro dê soluções para nós sermos o juiz voraz que só observa crítica o defeito, ao invés de coragem e maturidade.

No plano material e monetário

São dias para facilmente confundires-te com a escassez, e conectares com a falta que os nossos olhos e explicações interiores desproporcionam. Tem cuidado com isso, porque podes gastar mais do que tens, pois podes impor desnecessariamente mais austeridade miserável a ti mesmo. Podes alterar a intensidade ao acreditar que não tens aprovação, amizade, poder, controle ou valor, e isso leva-te a decidir o que é imediato que destrói amanhã do que o prudente para amanhã, mesmo que não seja tão popular no presente. As finanças e o dinheiro comportam-se como os teus atos desenfreados e frenéticos que só aumentam o drama que te deixa a agir sozinho e conduzindo o impulso para a pobreza conhecida, em vez de ir para a abundância desconhecida. Para vender ou ganhar, além de encontrar quem quer comprar e dar em troca, deves entender que ninguém quer comprar de uma pessoa desesperada, frenética, ansiosa e com medo. Comprar e vender é um ato de prazer e alegria. Primeiro a serenidade interior e depois a abundância exterior.

No plano sentimental

Pergunta a ti mesmo o que é relevante, separado do caprichoso. Cada capricho é uma dor do passado, uma compensação desnecessária, um prazer que nestes tempos cobra caro pela tua ousadia. O que é relevante, o necessário finalmente é a prudência calma e a pura honestidade. Semana para entender que amar não é cuidar do outro, porque são tempos de compreender que a maturidade deve levar as pessoas a serem totalmente autónomas. Porque o amor não é precisar ou ser necessário. São dias em que o amor passa no teste da conveniência, porque não te amam porque tens ou amas porque o outro tem. O amor é o prazer profundo produzido pela cumplicidade e admiração pela outra pessoa. Calma em manipular e tentar controlar o outro com a necessidade. Isso fala mais de pobreza espiritual e pessoal do que de dignidade e maturidade.

No plano experiencial

São dias em que a vida e as coisas comportam-se como se até as pedras refletissem sobre sua presença, entendendo que cada existência aceita ao outro permite na sua total propriedade. Percebemos que o que odiamos dos outros, odiamos em nós. É uma semana para amadurecer os nossos fantasmas interiores que só ficaram connosco porque não toleramos as diferenças. Semana onde decidimos colaborar ou ficar nos nossos alarmes. A raiva é sempre mais fácil do que a colaboração. Há também algumas potências muito valiosas que acontecem nestes dias. Existem segredos para ter o poder de colocar em ação o que é valioso e alegre: primeiro, faz o que te faz bem. Se for muito excêntrico ou muito exótico para a tua volta, não importa, porque o que faz bem não precisa da aprovação dos outros, só te faz bem a ti. O segundo segredo é que são dias para parar por momentos. Com essa pausa, olha atentamente para ti mesmo para descobrir em essência o que realmente precisas e concentre-te nisso. Esse é o teu refúgio real e verdadeiro, e não as fugas que falsamente acreditas diariamente que te fazem bem. Em terceiro lugar, conecta-te com o que é valioso, e esse valor te levará ao que contribui para a tua vida. Às vezes é alguém que sabe, mas também é algo que tens que gastar tempo e energia com muita paciência. E quarto, volta para a alma, aquela essência que não fala contigo (porque quem fala contigo é a mente e o teu ego). Voltar à alma é voltar à tua vela, ao teu altar, ao teu lugar onde não pensas, não meditas, não concluis e não decides. É voltar ao lugar onde o tempo mora sem tempo para deter o teu tempo de desespero.

fernandoconfianza-4

Donativo

Gostava muito do teu donativo como um agradecimento, e dessa maneira poder ter energia para colaborar com outros que nao estão a viver tão bem.

5,00 €